Mulheres conscientes – Karine Rossi, roteirista e idealizadora da Rede Manual, iniciativa que reúne artesãos e microempreendedores, ampliando as oportunidades de negócios.
No mês dedicado à mulher, a MyBasic criou uma campanha linda para celebrar a pluralidade feminina. Mas mais que isso, uma oportunidade para inspirar e ajudar outras mulheres a se conscientizarem – sobre seu papel no mundo, sobre si mesmas e sobre questões importantes como a diversidade, a inclusão e a sustentabilidade. Tudo o que é a cara da MyBasic.
Para concretizar essa ação, foram convidadas seis mulheres incríveis, empreendedoras e corajosas, atuantes em áreas diferentes e que têm, em comum, a consciência sobre o papel do feminino na sociedade e a preocupação com discussões atuais e urgentes – entre eles, a sustentabilidade, um dos nortes na maneira de produzir da MyBasic.
Fizeram parte dessa história, a consultora de imagem Helena Branquinho; a ativista feminista negra e colunista da Marie Claire Stephanie Ribeiro; a roteirista e criadora da Rede Manual Karine Rossi; a figurinista de TV Marina Sanvicente; a psicóloga social e idealizadora da ONG Atuação no Mundo Renata Brunetti; e a especialista em moda e sustentabilidade Mariana Villaça.
Aqui, a gente reuniu os principais tópicos abordados no papo que tivemos com Karine Rossi, enquanto ela escolhia alguns dos looks MyBasic para a sessão de fotos da campanha.
Sororidade – As mulheres, mais do que os homens, precisam sim se unir. Porque a gente ainda tem muitas barreiras para derrubar. Historicamente falando, a gente teve muitas limitações, sofremos todo tipo de impedimento para poder se desenvolver – muito profissionalmente e também como ser humano. Éramos parte de um padrão de beleza. E isso sempre foi assim: consideradas como um bibelô. A beleza da mulher sempre teve mais a ver com padrão do que com o seu charme, o seu repertório, com sua individualidade. Quantas mulheres não tiveram uma coisa maravilhosa para manifestar, mas se sentiram, de alguma forma, abafadas por conta desse padrão que elas tinham que desempenhar?
Mulher e sociedade – Acho que a mulher ainda é muito cobrada com relação à idade, a manter-se jovem. Eu vejo isso, eu tenho essa questão, e as mulheres com as quais convivo também falam disso. Essa é uma das mudanças que precisam acontecer, eu vejo. A gente se assumir enquanto mulher, enquanto indivíduo, e também não ter muito essa preocupação com a passagem do tempo, com envelhecer.
As mulheres na Rede Manual – A maioria dos expositores que compõem a Rede Manual é mulher – algo como 70%. E, dessas, a maioria optou por trocar um trabalho tradicional no momento da maternidade. Muitas não conseguiram ter um modelo de trabalho com horários convencionais. São artesãs que não quiseram voltar para o mercado de trabalho depois da maternidade. E viram no empreendedorismo – a gente fala que são empreendedoras de si mesmo – uma maneira de continuar produzindo e ter uma situação de vida diferente, com mais liberdade. Isso demostra o quanto as mulheres são destemidas, porque é complicado, numa economia como a nossa, você abrir mão de um trabalho “formal” para empreender. Então, eu posso dizer que a Rede Manual é superfeminina, e é um orgulho para nós poder dar essa oportunidade para essas mulheres.
As gravações e sessões de fotos aconteceram antes da pandemia de coronavírus. Nenhuma das pessoas envolvidas foi exposta à contaminação durante essa produção